terça-feira, 23 de setembro de 2014

Que dia foi aquele que percebeu o desespero?
Que quanto mais quente parecia o sangue, mais frio seria seu olhar.
Quando mariposas pareciam ameças, quando sangue pingando parecia solução?
NO cair da noite o ascender de seus pensamentos, estes são o machado do carrasco, sua culpa.
Que quando o capuz cobria sua face, a verdade assim poderia ser vista.
Que venha logo o dia das bruxas, pois neste dia todos usam mascaras não somente eu.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Não creio que veja nada alem disto
Escala de cinza, olhar indigesto
Que não perpetue ao menos um gesto
Que sua cabeça não perceba o cortiço

Que seja opaca e bruta a sua mente
Para transfigurar em duvida sua falácia
Na noite que protege a sua audácia
Não perceba a verdade expoente

E quando acordar do seu transe
Que olhe para o lado, o lado de dentro
E que se existir um deus em seu lamento
Que de suas lagrimas esse deus se canse
A pergunta foi: ate aonde vai o certo de cada um, se o errado é mais nítido?

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Foi quando percebi sua pele ainda mais pálida, o olhar vazio, mesmo gostando de habitar a solidão do conhecer, parecia mais frio e intenso, como se ali tivessem sido despejadas as maiores dores possíveis, um sorriso? uma mentira por debaixo dos lábios. Tentou ocultar, a mentira percebida é uma dor mais intensa do que sentir dor com uma verdade impiedosa. Quando pude perceber, foi ELA, a mãe de todo fim que tivera passado, de uma maneira vaga, verdadeira, e como um feixe de luz que com sua velocidade apenas se faz presente, abraçou seu ente querido transformando o presente em saudade, eu pensei em dizer, mas o que dizer? Minhas palavras foram tolas, assim como qualquer uma poderia ser, que esse aprendizado não caia no abismo do esquecimento, ela esta ai para todos nós, todos nós...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Minha alma ainda chora, somente o motivo mudou.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Assim como esta a lua para noite, e o sol para o dia, foi em você que matei a minha agonia, senti o suave toque de seu olhar, isso mesmo seus olhos pousam sobre mim, e eu me sinto acalentado, quando passo o dia a pensar, não por faltar nada, mas procuro algo para igualar o tudo que já tenho, sem medo de sorrir eu choro, com minhas gotas faço historia, e a memoria desse sentir é o que me rega. Com o passar do dia, o cair da noite e o reavivar do tempo percebo, sou pequeno ainda, muito pequeno para tudo o que sinto, e como sinto.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Será que sonhei isso???

O ceifador nunca atendeu aos pedidos, desde os tempos não marcados apenas segue o destino...
Uma visão da existência o fez ao menos querer um dia, somente um dia mudar a própria escrita...
Uma moça perturbada por suas dores em vida, dores aquelas que o amor causa o chamou atenção, sua busca por ele era incessante, mas assim como a maioria das flores não desabrocham antes da primavera, esta não teria esse encontro assim como queria.
Mas em uma visão perturbada da realidade eis que surge algo incrivelmente descrente.
A moça, sem nome, em mais uma das tentativas de encurtar seu caminho, repleta de cicatrizes nos pulsos, e vários frascos de remédios guardados, tem a visão mais surpreendente de sua vida. Digna de seus piores pesadelos e desejos.
Em seu quarto, o palácio de suas dores, diante da janela, que apenas dava para ver a lua através das lagrimas da moça que não as conseguia mais conter.
Sem mais delongas, quem sabe a descrição consegue reproduzir o sentimento dela... Ao lado da janela um vulto negro e de tamanho considerável, mas não se tratava apenas de uma sombra, como a feita através da luz de uma vela que é interceptada por um objeto, era mais que isso, um manto negro que cobria a figura de cima a baixo, não se reconhecia rosto, mãos, nada, apenas sabia que não estava só.
O frio sentido não apenas por ser noite, mas a presença ilustre traduzia o clima e o sentir da moça ali presente.
A moça levantasse de sua cama, e totalmente incrédula apenas da um passo em direção a janela, percebe o frio, que já sentia, e este não vem da noite, vem de seu quarto. O medo já não existia... Mas o silencio tétrico tornava cada segundo um nascer de dia... e uma duvida diferente.
O silencio se quebra com apenas uma pergunta, vinda das profundezas do manto negro:
“Não é sua hora, qual o motivo de querer me encontrar tanto?”
A moça: “Decidi por mim escolher a maneira de acabar com minha vida, pois tinha perdido o controle desse situação”
A voz que sai do manto: “Não há como ter esse controle, a decisão não será sua.”
A moça sem nome: “ E ate agora não foi, sempre acreditei no amor e em todas as suas faces, mas o que descobri foi que o amar torna frágil a racionalidade, tantos foram os momentos que eu perdida em meus sentires, apenas consenti a esse amor, e foram as noites que perdi de sono, os telefonemas que não foram atendidos, não sou pequena a ponto de não saber que iria superar isso, mas este amor prometido desde os tempos, fez comigo vitima, de minha escolha, tive que escolher entre amar, e me amar, e a decisão foi essa, hoje tenho marcas em meu corpo, desacredito em palavras, e não sei como isso aconteceu pois foram elas as palavras que me fizeram crer no amor. Entre as dores que causei ao meu corpo nenhuma se compara a que me causaram, e se morrer for uma escolha que eu morra hoje para ao menos acreditar que uma vez o caminho que eu escolhi, me leva a o lugar que quero, e não ao que me jogaram como copo descartável, se o amor faz isso com outras pessoas tampouco me importa, mas que ao menos uma vez eu seja livre para escolher meu destino.”
A voz que sai do manto: “O amor não é certeza, e sempre será duvida, morrer por isso não é morrer é fugir, sua dor nunca será maior que seu caminho. Se você pensa assim, foi perda de tempo vir aqui, o amor e a maior duvida que pode existir, pois e só olhar para o lado aqueles que acham que conhecem o amor são considerados loucos. Enquanto banalizar sua vida, o amor não será uma recompensa e sim uma dor, e maior do que você pode suporta, apenas ouça, o amor e quilo que você nunca terá por completo mas o pouco que tiver dará sentido a sua vida, e não morrer...”
No instante seguinte a moça desperta. Ou não...