segunda-feira, 11 de junho de 2012

Foi quando percebi sua pele ainda mais pálida, o olhar vazio, mesmo gostando de habitar a solidão do conhecer, parecia mais frio e intenso, como se ali tivessem sido despejadas as maiores dores possíveis, um sorriso? uma mentira por debaixo dos lábios. Tentou ocultar, a mentira percebida é uma dor mais intensa do que sentir dor com uma verdade impiedosa. Quando pude perceber, foi ELA, a mãe de todo fim que tivera passado, de uma maneira vaga, verdadeira, e como um feixe de luz que com sua velocidade apenas se faz presente, abraçou seu ente querido transformando o presente em saudade, eu pensei em dizer, mas o que dizer? Minhas palavras foram tolas, assim como qualquer uma poderia ser, que esse aprendizado não caia no abismo do esquecimento, ela esta ai para todos nós, todos nós...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Minha alma ainda chora, somente o motivo mudou.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Assim como esta a lua para noite, e o sol para o dia, foi em você que matei a minha agonia, senti o suave toque de seu olhar, isso mesmo seus olhos pousam sobre mim, e eu me sinto acalentado, quando passo o dia a pensar, não por faltar nada, mas procuro algo para igualar o tudo que já tenho, sem medo de sorrir eu choro, com minhas gotas faço historia, e a memoria desse sentir é o que me rega. Com o passar do dia, o cair da noite e o reavivar do tempo percebo, sou pequeno ainda, muito pequeno para tudo o que sinto, e como sinto.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Será que sonhei isso???

O ceifador nunca atendeu aos pedidos, desde os tempos não marcados apenas segue o destino...
Uma visão da existência o fez ao menos querer um dia, somente um dia mudar a própria escrita...
Uma moça perturbada por suas dores em vida, dores aquelas que o amor causa o chamou atenção, sua busca por ele era incessante, mas assim como a maioria das flores não desabrocham antes da primavera, esta não teria esse encontro assim como queria.
Mas em uma visão perturbada da realidade eis que surge algo incrivelmente descrente.
A moça, sem nome, em mais uma das tentativas de encurtar seu caminho, repleta de cicatrizes nos pulsos, e vários frascos de remédios guardados, tem a visão mais surpreendente de sua vida. Digna de seus piores pesadelos e desejos.
Em seu quarto, o palácio de suas dores, diante da janela, que apenas dava para ver a lua através das lagrimas da moça que não as conseguia mais conter.
Sem mais delongas, quem sabe a descrição consegue reproduzir o sentimento dela... Ao lado da janela um vulto negro e de tamanho considerável, mas não se tratava apenas de uma sombra, como a feita através da luz de uma vela que é interceptada por um objeto, era mais que isso, um manto negro que cobria a figura de cima a baixo, não se reconhecia rosto, mãos, nada, apenas sabia que não estava só.
O frio sentido não apenas por ser noite, mas a presença ilustre traduzia o clima e o sentir da moça ali presente.
A moça levantasse de sua cama, e totalmente incrédula apenas da um passo em direção a janela, percebe o frio, que já sentia, e este não vem da noite, vem de seu quarto. O medo já não existia... Mas o silencio tétrico tornava cada segundo um nascer de dia... e uma duvida diferente.
O silencio se quebra com apenas uma pergunta, vinda das profundezas do manto negro:
“Não é sua hora, qual o motivo de querer me encontrar tanto?”
A moça: “Decidi por mim escolher a maneira de acabar com minha vida, pois tinha perdido o controle desse situação”
A voz que sai do manto: “Não há como ter esse controle, a decisão não será sua.”
A moça sem nome: “ E ate agora não foi, sempre acreditei no amor e em todas as suas faces, mas o que descobri foi que o amar torna frágil a racionalidade, tantos foram os momentos que eu perdida em meus sentires, apenas consenti a esse amor, e foram as noites que perdi de sono, os telefonemas que não foram atendidos, não sou pequena a ponto de não saber que iria superar isso, mas este amor prometido desde os tempos, fez comigo vitima, de minha escolha, tive que escolher entre amar, e me amar, e a decisão foi essa, hoje tenho marcas em meu corpo, desacredito em palavras, e não sei como isso aconteceu pois foram elas as palavras que me fizeram crer no amor. Entre as dores que causei ao meu corpo nenhuma se compara a que me causaram, e se morrer for uma escolha que eu morra hoje para ao menos acreditar que uma vez o caminho que eu escolhi, me leva a o lugar que quero, e não ao que me jogaram como copo descartável, se o amor faz isso com outras pessoas tampouco me importa, mas que ao menos uma vez eu seja livre para escolher meu destino.”
A voz que sai do manto: “O amor não é certeza, e sempre será duvida, morrer por isso não é morrer é fugir, sua dor nunca será maior que seu caminho. Se você pensa assim, foi perda de tempo vir aqui, o amor e a maior duvida que pode existir, pois e só olhar para o lado aqueles que acham que conhecem o amor são considerados loucos. Enquanto banalizar sua vida, o amor não será uma recompensa e sim uma dor, e maior do que você pode suporta, apenas ouça, o amor e quilo que você nunca terá por completo mas o pouco que tiver dará sentido a sua vida, e não morrer...”
No instante seguinte a moça desperta. Ou não...

domingo, 25 de março de 2012


Não sentia mais dor, parecia ter acabado, um sopro de esperança surgiu, a guilhotina da vida cortou mais uma cabeça vazia, no instante primário as perolas se confundiam com as gotas de orvalho, a felicidade pairava em aguas turvas, como se as gota de agonia que pingavam junto com as lagrimas de lamentação pudessem virar vapor... Quando percebi a lamina da racionalidade cortou novamente o fio delgado de acalentos, o que me segurava à beira da duvida... Enfim, senti com toda a intensidade de um abraço e toda a receptividade da noite, esse frio tétrico, funesto. Em negação própria percebi, minha duvida, minha agonia, ate que a noite caia novamente pões a escuridão retornou, mesmo que o dia volte a nascer.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Acho que não estou mais fazendo sentido...
Acho que queria me fazer sentir...
Acho que não entendo o que eu falo...
Acho que falo sobre o que não entendo...
Acho que me atirei em um buraco...
Acho que sou a escada para sair dele...
Acho que estou te esperando...
Acho que uso isso como desculpa...
Acho que perdi a vontade de ir...
Acho que você me faria voltar...
Acho que o que disse agora é desnecessário...



Por agora dentre tudo o que acho a unica certeza e que não esta certo...
Me conheco quando chego ate aonde não sei... se ira perdurar, ou se continuara a escuridão, a unica luz, sempre esta apagada, e sempre faz sentir frio...
Enquanto houver vida haverá dor.

sábado, 10 de março de 2012

Decidi não tentar, apenas sentir, e percebi, não tenho tudo o que quero, da mesma maneira que não quero tudo o que tenho, a resposta é clara, não quero mais... Eu tentei ate conseguir ter certeza, não quero mais.

quinta-feira, 1 de março de 2012


Olhei para a noite, e senti aquele vazio, uma sombra me acompanhou, apenas ela, enquanto a agonia do existir se fazia mais forte, mas no instante seguinte, pairou a penumbra, a própria sombra se foi, percebei, e me tomou o vazio... Aquela sensação maior, os gritos, os sussurros, as vozes, tudo me consumia, não havia mais ninguém, dentro de mim, as dúvidas, as perguntas, criaram as vozes, não sabia para aonde me levariam, e o que me fariam sentir, tentei fechar os ouvidos, minha mente viajou as minhas próprias trevas, e me entregou ao meu maior pesadelo, a solidão tomou forma, olhou para meus olhos, um olhar frio e vazio, sem perceber entendi, o vazio em mim, assim como o medo, a angustia, e a dor, são culpa minha...

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


Angústia.

Mágoa.

Odio.

Rancor.



Em um lugar aonde existiu amor, normalmente o que resta é só isso...





domingo, 5 de fevereiro de 2012

Ao fim do tempo que passou, ficou o vazio, a dor, não compreendo, fazia sentido estar assim, mas não sentia o fazer, o caminho era destruído a cada passo, a cada erro, os acertos eram troféus pequenos, comparados as duvidas. O vazio chegou, olhava em mim, e apenas para mim, sentia a imensidão do silencio, a cólera, o ódio, a destruição, enfim, o tempo chegou e mostrou a verdade, não era dor, não era ódio, não era nada, era apenas um solitário.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012


Dia, noite, chuva, sol, tempo passando, pessoas chorando pessoas sorrindo, copos, frutas.
Mas...
outro ano, outra data, outro dia, outro??!?!?
Sera que outro se importaria assim? 21/10/08

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O Sono Não sei o quanto dormir ameniza as dores, mas nem isto e um ato a ser alcançado ultimamente. Sonhos seriam respostas boas, não quando o desespero toma conta de você ao acordar... Se pudesse não dormiria mais... Melhor dormiria para não acordar. Embalado pela brisa gélida da ausência, e com uma camada fina, porém resistente, de escuridão. Sentir vida em algo que o ajuda é nobre. Mas sentir ausência de sim mesmo, e a toda hora em que pode e covardia. Então creio mesmo que seria melhor não acordar, pois mesmo em sonhos e eles me abominando eu poderei ter a chance de não lembrar deles se um dia viesse a acordar..... Um dia. 04/08/08
Meus pensamentos pairam, em gotas de agonia, e sonhos torturosos de realidade, pinga, pinga, cada segundo como uma lástima perpétua, voando em recordações vivas, não reais porém sentidas, mortas e secas são essas pétalas de uma saudade ainda não escrita. 22/07/10
Ja não consigo mais diferenciar a dor escrita/fingida, da dor sentida/vivida... A imagem é minha reflexão de meus ultimos dias, esse ar desabitado realmente existe, mesmo que eu não queira que exista, o pior é que não sinto culpa, sinto somente que esta vazio, quando eu não queria que estivesse, quando acreditei que não estaria, não dependeu só de mim, só o que machuca realmente é que eu não tive nem opção de não estar sozinho, tive apenas que aceitar, para ser sincero, nunca tive opção para isso, sempre tive que aceitar e dizer sim, o que aprendi é que não devo cobrar se não sei se estarei para ver o resultado de uma ação que vale para um todo ( em outras palavras duas pessoas), pois no que fui cobrado acabou por ser a faca me me apunhalou, tentei melhorar e acabei me sentindo como a imagem, VAZIO E SOZINHO... E tenho a péssima impressão que assim será.
02/07/10
E só o vento, que bate a janela... Não há o que temer, nem ao menos esperar... Esta angústia não irei mais viver... O tempo passou doloroso, criando esta dor sagaz... Maldade bendita me deixe em paz.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Dentro de mim, assim como sempre, o que me move é uma dúvida diferente todo dia, sempre esta contra mim, o não entender de uma resposta, o não viver que eu decidi, ou ate mesmo o viver de uma maneira ainda não vista, errada. Errada... O que motiva o meu caminho não é a resposta que encontro e sim a outra pergunta que me faço, a resposta e o limite se equivalem, quanto mais próximos estamos delas mais distante estamos novamente, acho que já pensei sobre isso antes... Mesmo assim ainda me falta entender. O que me motiva agora é outra dúvida. " Quando??? " Pois alguém teve coragem de se submeter a escuridão para olhar para as dúvidas, para as suas próprias, para de outra possibilidade, ou ate mesmo para uma outra duvida, e o quando se faz mais presente, do que o futuro que a palavra " Quando " pode ser referir... Ou seja, dúvidas e mais dúvidas.