sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Sinto......


Vento gelado que paira por toda a existencia, sombra densa e escura que acalma toda dor, visão verdadeira sobre o inevitavel, eis aqui ... onde esteve por tanto tempo, o setim negro que cobre teu rosto pálido e esguio, trajando a cor da verdade o terror que assombra os sonhos dos despreparados, o desespero toma conta daqueles que a temem.
Diante de ti sou fraco, so cinza, sou nada, me contenha com sua vocaçao, e mostra o porque de sua chegada, suas mãos são geladas como o inverno, seu toque e tão sublime que chega a ser indiferente, suave, sem vigor, porem unico, os presuncósos a ignoram, os desesperado a clamam, eu so à aguardo, mao preciso de tanto, um segundo de sua atenção e o que quero, um gesto tão simples me trará vida a carne morta que habita e consome meu ser.
E tão magra e bela que assusta se enxergar de frente,seria uma pena se pudesse ser vista a olho nú,sentida somente uma vez, o maior aprendizado de todos, pois este e indivisível, sem saber como passar a diante entrego a ti tudo o que tenho, não sou nada para ser visto por ti com bons olhos... então , leve-os consiguo e apague as dores e angustias que assisti sem poder fazer nada, nas mãos magras carrega o que à difere dentre tantos, uma foice velha porem com lamina afiada e brilhante, e com uma investida me leve contigo, aos caminhos tão ansiados, o desejo de liberdade nunca esteve assim tão verdadeiro,ó morte bendita traga em seu manto negro minha verdade, carregue consigo o que mais temo... eu mesmo... em mais um simples gesto de gratidão serei justo a tua vontade e carregarei comigo o desejo em mim trajado e em voce imposta de dar cabo deste diante de ti, vulneravel, incosolado,porem agradeçido, meu fim e ser seu assim como tantos que voce ja visitou,me traga a sua visao de um amanha, meu hoje ja sem sentido acaba por uma voz tão aveludada que nao sei ao certo se é voce mesmo, permita-me uma ultima vontade?!
Sou grato a ti por saudar e sentir uma vez enquanto vivo que terei o valor que acreditei,me leve onde quiser, o caminho voce escolhe... ja nao pertenco mais a este lugar, e eu nao preciso ficar num lugar como esse

Um comentário:

Lah disse...

"Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar

Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?

Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio..."